Esses fenômenos da medicina, no meu modo de ver, também estão presentes nos feitos que uma empresa emprega para atrair , cultivar e manter seus clientes.
O valor de um produto ou serviço tem sempre a ver com a percepção do cliente, desde quando o conhece, quando o experimenta e o utiliza para o fim que pretende.
A empresa, por sua vez, no afã de conquistar o cliente, cria, desenvolve e aplica uma série de iniciativas de marketing que julga capazes de atrair a atenção, o gosto e a preferência daquele que ela escolheu atender.
Como não se trata de um expediente lógico, por estar em jogo seres humanos e suas diferentes motivaçōes, muitas dessas iniciativas provocam um efeito placebo e outras um efeito nocebo.
O efeito placebo exala e faz o cliente perceber o que de bom aquela medida tem para ele, enquanto o efeito nocebo imprime nele um rastro ruim, que sugere desconforto e perda.
É importante levarmos em conta que no campo da percepção humana nem tudo que se mostra como positivo aparece como tal para todas as pessoas.
Nesse sentido, uma boa estratégia de marketing industrial deve levar em conta aqueles dois efeitos pois, provavelmente eles se mostrarão nas ações que a empresa irá empreender mesmo visando claramente o bem do cliente.
Mitigar o efeito nocebo das iniciativas de mercado é fundamental assim como é essencial para a empresa colocar todo o empenho em fortificar placebos para os seus clientes.
Deixando-me levar pela brilhante Maya Angelou, não nos esqueçamos que o cliente dificilmente se lembrará do que dissemos para ele, quase sempre esquecerá o que fizemos para ele mas jamais esquecerá daquilo que o fizemos sentir.
Puro Placebo!!!
José Carlos Teixeira Moreira