Tecnologia Comercial
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De vez em quando nos chegam talentos comerciais vivendo um enorme stress com seus chefes.
Embora deva haver várias causas, é possível notar que, a maioria, tem a ver com a absoluta falta de experiência de campo, ouça-se, com clientes dessas pessoas na chefia da empresa.
Numa tentativa de compensar essa falta de conhecimento e de saberes práticos, esses tais chefes passam o tempo exigindo relatórios minuciosos, tabelas e gráficos variados e todo um arsenal de ferramentas que julgam deveriam ter dido ser usadas e que os vendedores não usaram.
As discussōes internas acabam sendo infindas e rústicas, de onde se conclui uma falte de sintonia barulhenta: vendedores em FM e chefe num ultrapassado AM.
O que fazer diante uma situação como essa?
Vejo possível três alternativas:
A primeira, se o chefe demonstra prazer e humildade para aprender, ajuda-lo, no tempo certo, a re-conhecer e compreender a arte e ciência de vendas para empresas geralmente tem sido muito bom.
A segunda, com ele demonstrando interesse em progredir, embora relutantemente, ouvi-lo atentamente, no seu ponto de vista, identificar os aspectos relevantes que surgem, anota-los e inclui-los num novo e mais preciso enredo de vendas que será apresentado, momento depois é um passo saboroso para estreitar a relação e obter a cumplicidade dele com a missão de vendas.
A terceira alternativa é mais dramática.
Acontece quando se está diante de um indivíduo que acredita que tem uma enorme auto confiança, baseada numa falta de conhecimento também enorme.
É o típico sujeito que não sabe que não sabe.
Gente assim se sente profundamente certa diante do panorama empobrecido que vê e no qual ele coloca tudo o que pensa que sabe.
Do alto da minha longa vivência e, certamente, de alguns desencantos, um caso como esse não precisa estar no rol de preocupações de um grande profissional de vendas.
O mais indicado, portanto, é tratar de sair da jurisdição da figura ou mesmo dizer adeus à empresa.
Ela certamente não merece um grande vendedor.
Ah! Se quiser ajudar o pobre e tóxico gestor arranje um jeito do RH indicar um bom terapeuta para o gajo.
Nunca se sabe…vai que…
José Carlos Teixeira Moreira
