ESG em cheque

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O recente episódio das Americanas trouxe à tona mais uma discussão sobre essa questão de ESG.

A empresa era considerada um exemplo no campo da sustentabilidade, aparentemente atendendo todos os quesitos sociais e ambientais ditados pelo ESG e o que se viu, de fato, foi um descalabro financeiro, que se não houver uma complexa mudança filosófica dos seus acionistas levará por terra o futuro das famosas Lojas Americanas.

As perdas são enormes, não apenas com respeito a marca mas principalmente para os seus funcionários, fornecedores e centenas de acionistas minoritários

O quê se aprende por conta disso tudo?

Uma empresa que tem um propósito que lhe confere valor, jamais pode se descuidar da importância do dinheiro, da fonte de onde ele vem, como será tratado e como ele deve assegurar retorno através da admiração e lealdade dos seus clientes e de todos os seus demais stakeholders.

Essa desatenção acabou as Americanas, a escamotear a questão financeira, decidindo apoiar-se no chamado ES – ambiental e social – para criar uma falsa imagem de sustentabilidade no mercado, abrindo portas internamente para uma postura amoral, voltada para maximizar ganhos financeiros a qualquer custo, em sacrifício da conduta ética.

Para uma primeira análise, talvez valha a pena recorrer à razão primordial do conceito ESG.

Aparentemente esse conceito teve origem num esforço para a evolução do original triple bottom line, base do que veio a se chamar sustentabilidade pela ONU em 1992.

Segundo essa linha de pensamento, um empreendimento que cuidasse harmonicamente de três eixos fundamentais, o ambiental, o social e o econômico, teria assegurada a sua continuidade próspera na Sociedade.

Num certo momento, não sei precisar quando, entra em cena o governance como o elemento chave, levando o econômico para o bastidor.

No entanto, uma empresa séria jamais pode se descuidar do dinheiro e suas diferentes dimensões. Principalmente da fonte de onde ele vem e como ele pode, sendo bem tratado, assegurar retorno através da admiração e lealdade dos clientes e de todos os demais stakeholders.

Por outro lado, os empreendimentos que investiram e continuam investindo em atuar como Empresas Válidas, uma maneira muito objetiva de atender a todos os quesitos do triple bottom line, estão conquistando resultados superiores admiráveis,

realmente sustentáveis, atraindo o que há de melhor no mercado.

Recomendo lerem artigos sobre Empresas Válidas no acervo da EMI www.emkti.com.br, sessão Conteúdos.

Sustentabilidade precisa ser medida por resultados concretos senão corre o risco de ser apenas mais um devaneio acadêmico.

O primeiro dos resultados que interessam, como ponto de partida essencial, é a Credibilidade no foco dos clientes, dos colaboradores, dos fornecedores, dos acionistas e da Sociedade.

É nesse sentido que imagino que o futuro tem mais a ver com Empresas Válidas do que com empresas apegadas a ideias modernosas que vem e vão por aí. 

Será que o dinheiro, que provavelmente deverão colocar nas Lojas Americanas, será capaz de trazer a credibilidade de volta?

José Carlos Teixeira Moreira

www.emkti.com.br

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